quinta-feira, março 28, 2024

A violência sexual russa como forma de subjugar os ucranianos

A Procuradoria-Geral da Ucrânia documentou 101 casos de violência sexual por parte de ocupantes russos contra homens ucranianos durante a invasão em grande escala. Mais de 50 deles são de Kherson. Testemunhos de várias vítimas foram incluídos no filme intitulado «Ele também: histórias de homens ucranianos violentados por ocupantes russos». 
O documentário revela a verdade sobre a violência sexual contra homens ucranianos, cometida por soldados do exército russo nos campos de tortura de Kherson, disse Nastya Stanko, editora-chefe da agência de investigação jornalística Slidstvo.Info, no briefing. do serviço ucraniano da Voz da América. 

No contexto do crime de guerra de violência sexual, fala-se sobretudo de mulheres, afirma a investigadora. Embora tenha sido documentada essa tortura brutal de crianças e homens, este é um assunto mais tabu. De acordo com o relatório da ONU, mais de metade dos soldados ucranianos entrevistados foram abusados ​​sexualmente em cativeiro – ou seja, 39 prisioneiros de guerra.

Quatro homens concordaram em contar aos jornalistas do Slidstvo.info sobre a violência que sofreram durante a ocupação, quando os militares russos os mantiveram nos campos de tortura de Kherson pela sua activa posição pró-ucraniana. 

Para forçar a cooperação e quebrar psicologicamente os homens, os russos violaram-nos ou ameaçaram estuprá-los. “É difícil comentar as ações dos estupradores, mas obviamente não se trata de prazer pervertido, mas sim de estupro como forma de subjugar as pessoas”, diz Stanko. 

Os heróis do filme contaram detalhes dolorosos - os militares russos, ao torturá-los, tentam quebrar os homens e forçá-los a cooperar. Fórceps são usados ​​para tortura, os órgãos genitais são presos com ferramentas quase medievais, partes do corpo são ameaçadas de serem cortadas, expostas, corrente elétrica é aplicada ao corpo.

A igreja ortodoxa russa IOR declara a guerra santa contra Ucrânia

O site oficial da Igreja Ortodoxa Russa (IOR), Patriarcado de Moscovo/ou, declarou a guerra russa na Ucrânia de “sagrada” e afirmou que “todo o território da atual Ucrânia deve entrar para a zona exclusiva da rússia». 

Na página oficial do Patriarcado de Moscovo/ou, em 27 de fevereiro, foi publicada a ordem do Conselho Mundial Popular Russo (CMPR), estrutura afiliada com o Kremlin e com a IOR, presideida pelo «oligarca ortodoxo» Malofeev, na qual a guerra na Ucrânia é chamada de “sagrada” e é afirmado que “todo o território da atual Ucrânia pode ir para a zona exclusiva da rússia». 

A citação direta: “Durante o congresso conciliar, que ocorreu em 27 de março de 2024 no Salão dos Conselhos da Igreja da Catedral de Cristo Salvador em Moscovo/ou, sob a presidência do chefe do CMPR, Sua Santidade o Patriarca de Moscovo/ou e de toda a rússia Kirill/Cirilo, foi aprovada a Ordem do XXV Conselho Mundial Popular Russo «O Presente e o Futuro do Mundo Russo» (Moscovo/ou, 27 a 28 de novembro de 2023)... 

IOR definitivamente abraçou a ideologia do neofascismo russo

A operação militar especial é uma nova etapa na luta de libertação nacional do povo russo contra o regime criminoso de Kiev e o Ocidente coletivo por trás dele, travada nas terras do sudoeste da rússia desde 2014. Durante o operação, o povo russo, de armas nas mãos, defende as suas vidas, a liberdade, a condição de Estado, a identidade civilizacional, religiosa, nacional e cultural, bem como o direito de viver na sua própria terra dentro das fronteiras de um único estado russo. Do ponto de vista espiritual e moral, uma operação militar especial é uma Guerra Santa, na qual a rússia e o seu povo, defendendo o espaço espiritual único da Santa rússia, cumprem a missão de “Manter”, protegendo o mundo do ataque do globalismo e da vitória do Ocidente, que caiu no satanismo. 

Após a conclusão da operação militar especial, todo o território da moderna Ucrânia deverá entrar na zona de influência exclusiva da rússia. A possibilidade da existência neste território de um regime político russofóbico hostil à rússia e ao seu povo, bem como de um regime político controlado a partir de um centro externo hostil à rússia, deve ser completamente excluída». 

Em abril de 2022 uma nova etapa da guerra com invasões em grande escala foi anunciada num artigo do metodologista russo Timofey Sergeytsev no site da RIA-Novosti. O artigo era um apelo direto para matar os ucranianos e destruir totalmente Ucrânia independente. 

O documento aprovado pelo líder da IOR tem o nível maior. É um apelo direto do extermínio dos ucranianos como nação, como potência, como identidade. Matar todos e qualquer um. Algo semelhante ao dito pelo putin recentemente, quando afirmou que a guerra com a Ucrânia é o principal problema de todos os russos. 

Deputado da Duma Estatal russa, Andrey Lugovoy, o presumível assassino do ex-operativo do FSB Alexander Litvinenko em Londres, está propagar, abertamente, o genocídio dos ucranianos em massa: 

«Kharkiv deve ser desenergizado a tal ponto que se torne inviável. Para que essas 800 mil pessoas que ficam nele entrem em carros, a pé, com fardos, em carroças – e vão para Oeste. O mesmo se deve fazer com Kyiv». 

As ideias semelhantes propaga, publicamente um dos principais propagandistas russos, Vladimir Solovyov, que exorta demolir e destruir as cidades ucranianas «bairro, após o bairro»: 

Os ocupantes russos não conhecem bem os residentes de Kharkiv. Eles já defenderam a sua cidade em 2014 e 2022.

quarta-feira, março 27, 2024

A rússia viola as normas internacionais do direito humanitário

A Missão de Monitoramento dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia publicou o 38º relatório sobre a situação dos direitos humanos na Ucrânia para o período de 1 de dezembro de 2023 à 29 de fevereiro de 2024. 

▪ A missão da ONU registou a execução de pelo menos 32 prisioneiros de guerra ucranianos pelos ocupantes russos durante o último Inverno. Isto é significativamente mais do que em qualquer um dos períodos anteriores.

▪ De acordo com os resultados das pesquisas realizadas com aqueles que foram libertados do cativeiro russo, a Missão da ONU descobriu que os ucranianos estão sujeitos à violência, em particular sexual.

▪ São generalizados os casos de espancamentos, choques eléctricos, ameaças de tiro, exaustão por fome e condições inadequadas de detenção, recusa em prestar assistência médica.

▪ A Rússia ignora deliberada e sistematicamente as normas internacionais do direito humanitário relativo ao tratamento de prisioneiros de guerra.

▪ Apesar disso, a propaganda russa apela insidiosamente aos militares ucranianos para que se rendam voluntariamente, retratando as vantagens enganosas de tal acto.

Atentado de Moscovo: terroristas islâmicos vs terroristas russos do FSB

Do lado russo, a propaganda estatal recebeu as ordens expressas de acusar Ucrânia, custe o que custar, e tentando, de todas as maneiras imaginárias, ligar o atentado do Daesh aos ucranianos: os mais esforçados nessa tarefa inglória são os chefes do FSB Bortnikov e do SVR, Naryshkin.
Os presumíveis oficiais do FSB no momento do atentado

Na Rússia, em Moscovo/ou, no Crocus Mall, os civis são baleados em um show, depois há um incêndio, a Guarda Russa e outros serviços de resgate, como sempre, não vêm à tempo. Umas pessoas foram baleadas, outras morrem queimadas e asfixiadas como resultado das ações estúpidas das equipes de resgate. O número de mortos chega a quase 200 no dia seguinte. 

Presumível oficial do FSB no momento do ataque e no momento da detenção do alegado terrorista

Os agressores fogem em um carro branco. A organização terrorista Daesh assume a responsabilidade pelo ataque terrorista. Muitos países ocidentais expressam as suas condolências à rússia. É claro, ninguém gosta dos terroristas islâmicos em lugar nenhum. 

O Daesh divulga vídeos horríveis do tiroteio dos civis em Crocus Mall. Os serviços russos detêm alegados terroristas. Os serviços russos estão a publicar vídeos de detidos - um teve a orelha cortada durante a detenção, outro foi torturado com electricidade no interrogatório, ligando corrente aos seus órgãos genitais. No terceiro - “um olho caiu”. 

Estamos aqui.

A pergunta que não se cala: onde está o humanismo e a civilização de pelo menos uma das partes desta história? Terroristas islâmicos contra os terroristas russos. Os métodos e ações são os mesmos. Vamos apostar que os policiais russos que cortaram a orelha e torturaram com eletricidade serão condecorrados? 

Blogueiro 

Na própria rússia testemunha-se uma bastante forte onda de xenofobia. A populaça recusa aceitar os taxistas do Tadjiquistão, os skinheads perseguem os russos «não arianos», a polícia nada faz e uma menina explica a essência de todos os seus medos para não acompanhar os pais na ida ao centro comercial: «vejam, quantos pr@tos são, pr@tos, pr@tos, pr@tos, fiquei com medo e fiquei no carro».



domingo, março 24, 2024

O ataque de Moscovo: estória para agradar a rússia profunda

A faca, usada para cortar a orelha do alegado atacante já foi colocada à venda
Absolutamente todos os “detalhes importantes” sobre os terroristas de Moscovo e a sua detenção são seleccionados de forma a causar a máxima impressão num típico representante do “povo profundo” russo. 

Primeiro.

Os “terroristas” não são ucranianos. Ucranianos - isso seria demasiado directo. Os cartões de visita de Dmytro Yarosh, as bandeiras de «Azov» e os gritos de “Glória à Ucrânia” levantariam suspeitas de manipulação e deliberação mesmo entre as pessoas comuns. 

Segundo.

Mas a “pista ucraniana” é necessária, por isso os terroristas foram em direção à Ucrânia. Isto é o mais estúpido possível nas condições da guerra com a Ucrânia, mas o cidadão comum não pensa nisso e já viu o “rastro ucraniano”. 

Terceiro.

Os tadjiques foram declarados “terroristas”. A maioria dos habitantes russos das profundezas não gosta dos imigrantes da Ásia Central e até os odeia. Ou seja, a “raiva justificada” é garantida. E em estado de raiva, os cérebros já não muito fortes do habitante das profundezas russas param completamente de funcionar. 

Quarto.

Por 500 mil rublos (cerca de 5.000 euros), nenhum terrorista profissional (e apenas os profissionais são capazes de fazer o que foi feito em Crocus City) nem sequer sairá da cama. Mas o zé povão russo não vai acreditar em quantias de 10 a 20 milhões de rublos, para ele isso já é algo oligárquico, ele não ganha tanto dinheiro em toda a sua vida. Portanto, o valor arrecadado é absolutamente idiota, mas inspira confiança nas pessoas das periferias profundas - 500 mil. 

Quinto.

Os terroristas se comunicam diretamente via mensageiro de seus telefones e recebem dinheiro em cartões de crédito. Isso torna tudo mais claro para a pessoa comum. O russo profundo não ouviu falar sobre darknet, criptamoedas e blockchain, ele não vai entender. E aqui tudo é claro e, portanto, convincente. 

Sexto.

As forças de segurança não só cortaram a orelha de um dos detidos, mas também vazaram INTENCIONALMENTE o vídeo deste momento na rede. Porque os russos das profundezas adoram isso. Eles apoiam fortemente tais métodos. E decidiu-se “acidentalmente” agradá-los: vejam como estamos fazendo com eles, olhem, alegrem-se (não vamos publicar o próprio vídeo por razões éticas). 

O que isso significa coletivamente?

O fato de toda a “estória” ter sido criada pelo FSB e pela propaganda para que o povo russo profundo não tivesse dúvidas, mas tivesse muita raiva. A estória assim criada é uma prova irrefutável de que toda a história do ataque terrorista foi organizada pelo próprio regime de Putin.

Bónus

Daesh confirmou oficialmente a afiliação dos atacantes, publicando vídeo filmado pelos próprios:


sábado, março 23, 2024

O ataque de Moscovo é uma provocação planeada e deliberada russa ao mando de Putin

O ataque terrorista em Moscou é uma provocação planejada e deliberada dos serviços secretos russos ao mando de Putin. O seu objectivo é justificar ataques ainda mais duros contra Ucrânia e a mobilização total na rússia, informa GUR MOU. 
Os suspeitos, cidadãos russos, naturais de Ingúshia, alegadamente afiliados ao Daesh

A execução pública de pessoas em Moscovo deve ser entendida como a ameaça de Putin de uma escalada e expansão ainda maior da guerra. A declaração de Peskov sobre a “guerra” pouco antes do ataque terrorista foi apenas um falso começo de uma operação especial cuidadosamente planeada do Kremlin. 


Putin tem muita experiência na organização de tais ataques terroristas como forma de fortalecer seu próprio poder, começando pela explosão de casas na rodovia Kashirskaya. Como então, a ação de hoje de intimidação dos russos será a razão para o máximo “aperto dos parafusos” na própria Rússia. 

Obviamente, o Kremlin pode acusar a Ucrânia de organizar um ataque terrorista e usar o tiroteio contra os seus próprios cidadãos como pretexto para ataques ainda mais brutais às infra-estruturas civis e ao assassinato de civis ucranianos. O ataque de hoje à infraestrutura civil da Ucrânia é outro elo na escalada iniciada por Putin. 


Putin tentou repetidamente intimidar o Ocidente, inclusive usando armas nucleares. Portanto, este ataque terrorista pode ser usado como mais um “pretexto” para aumentar a agressão. 

No entanto, o movimento desimpedido de um grupo de militantes com AK pelo centro de Moscovo/ou, bem como muitas outras evidências indiscutíveis, indicam que o tiroteio na «Crocus City Hall» foi organizado pelos serviços especiais russos. As embaixadas internacionais também alertaram sobre a preparação de um ataque terrorista. 

Duty to Warn: em que serviços secretos americanos avisaram Moscovo com antecedência

É óbvio para todo o mundo que o ataque terrorista em Moscovo é mais um crime cometido por Putin para manter o seu próprio poder. 

Blogueiro 

O ex-presidente russo Medvedev e oligarca ortodoxo russo Malofeev (um dos principais financiadores dos primeiros ataques russos contra Ucrânia em 2014) já acusaram Ucrânia e exortam atacar Ucrânia com todos os meios possíveis, dando aos ucranianos «48 horas para abandonar as cidades». 

Konstantin Malofeev: «daremos 48 hras à população pacífica da Ucrânia para abandonar as cidades e terminaremos essa guerra com a derrota vitoriosa do inimigo. Com uso de todos as forças e meios». 

Tendo em conta que no centro atacado, em Moscovo, onde polícia detêm as pessoas pelo uso da bandeira ucraniana não funcionavam os detetores de metais e polícia não verificava as malas dos visitantes podemos estar perante uma situação clássica em que os serviços secretos russos foram avisados, pelos EUA, sobre ataque e facilitaram o ataque ao máximo para tentar obter mais um casus belli, quer contra os seus próprios cidadãos, quer contra Ucrânia.

sexta-feira, março 22, 2024

O novo ataque russo contra infraestrutura energética da Ucrânia

Na madrugada de sexta-feira, 22 de março, a rússia lançou um dos mais poderosos ataques de mísseis contra Ucrânia. Destruir a infraestrutura energética da Ucrânia tornou-se um dos principais objetivos de guerra de Putin.

Ataques sistemáticos à infraestrutura energética da Ucrânia servem como argumento a favor da criação de uma rede de defesa aérea multicamadas em torno de todas as principais cidades ucranianas. 

Na noite de 22 de março, num dos ataques combinados mais poderosos desde o início da guerra em 22.02.2022, a rússia lançou 63 drones de ataque e 88 mísseis de vários tipos. O principal alvo era a infra-estrutura energética da Ucrânia, que ataca sistematicamente, utilizando mísseis balísticos S-300, Kinzhal, Kh-22 e Iskander. 

O mapa do lançamento de mísseis e drones russos no ataque de 22-03-24

A rússia atacou Kharkiv, Zaporizhzhia, Dnipro, Kryvyi Rih, Cherkasy, vários assentamentos nas regiões de Kharkiv, Dnipropetrovsk, Zaporizhzhia, Odesa, Khmelnytskyi e Vinnytsia. As áreas da linha da frente e os assentamentos perto da fronteira russa continuam particularmente vulneráveis aos ataques balísticos russos; consequentemente, são necessárias capacidades adicionais de defesa aérea para as regiões sul e leste da Ucrânia. 

O estado terrorista atingiu a DniproHES em Zaporizhzhia, causando um incêndio nas instalações. Ao mesmo tempo, a enorme barragem não foi rompida. Os ataques russos à infraestrutura energética da Ucrânia estão a tornar-se cada vez mais frequentes. 




A central nuclear de Zaporizhzhia esteve à beira do apagão quando a linha eléctrica aérea externa, a PL-750kV Dniprovska, foi desligada da rede como resultado do ataque. O Estado terrorista russo expõe a Ucrânia e a Europa à ameaça de um desastre nuclear. 

Ataques contra os bairros residenciais em Zaporizhia

A indústria energética da Ucrânia baseia-se, em grande medida, na produção nuclear, enquanto as centrais nucleares são muito dependentes do fornecimento externo de energia para a manutenção estável da troca de calor. Quedas de energia em grande escala podem perturbar os sistemas de refrigeração das centrais nucleares, o que, por sua vez, pode levar a fugas de radiação de emergência. 

Ao provocar interrupções no sistema energético da Ucrânia, a rússia está a criar um precedente fatal de “outra Chornobyl”: um Estado terrorista põe em risco centenas de milhões de vidas em toda a Europa. 

Quando mísseis russos atingiram a usina hidrelétrica de DniproHES, também foi atingido um troleicarro na sua passagem pela barragem, incendiando-se. A rússia atacou novamente os civis ucranianos nas suas deslocações rotineiras. Devido a hora, morreu apenas o condutor do troleicarro, que aquela hora ainda estava vazio. 

Como resultado de um míssil que atingiu um edifício residencial em Khmelnytskyi (vídeo em baixo), sabe-se que pelo menos duas pessoas morreram e muitas podem permanecer sob os escombros. 

O último ataque com mísseis levou a apagões nas regiões de Dnipropetrovsk, Sumy, Kharkiv, Poltava, Kirovohrad e Ivano-Frankivsk. 

O objectivo dos ataques com mísseis russos é destruir a infraestrutura energética da Ucrânia e matar civis ucranianos – todos os países civilizados devem contribuir para a luta contínua da Ucrânia contra o Estado terrorista. 

Atraso na ajuda militar à Ucrânia, encorajando terroristas a intensificar ainda mais os ataques com mísseis. Enquanto o mundo atrasa a necessária ajuda à Ucrânia e sanções mais eficientes contra a rússia, o Estado terrorista continua a cometer crimes contra os ucranianos, nomeadamente através do lançamento de ataques massivos com mísseis. 

Ucrânia abateu 55 dos 63 drones e 37 dos 88 mísseis

A impunidade de Putin leva-o a cometer ainda mais crimes de guerra que podem ultrapassar as fronteiras da Ucrânia e afectar directamente a Europa. Nas suas ações, Putin não se guia por nenhum critério legal ou moral: os crimes russos na Ucrânia mostram que o Kremlin se tornou um inimigo de todo o mundo civilizado. 

A introdução de sanções adicionais deveria ser uma resposta a cada novo ataque de mísseis russos. As sanções funcionam, desgastando lentamente a economia do Estado terrorista, contribuindo para a sua derrota estratégica. 

Reconhecer a Rússia como um Estado terrorista e criar uma rede de defesa aérea multifacetada em torno de cada grande cidade ucraniana deveria tornar-se um objectivo para os parceiros ocidentais da Ucrânia. 

Os sistemas de defesa aérea ocidentais, como Patriot, SAMP(T) e IRIS-T, provaram a sua eficácia na destruição de vários tipos de mísseis russos. O fornecimento de sistemas de defesa aérea adicionais às Forças Armadas da Ucrânia garantiria que mais vidas fossem salvas e que a infraestrutura energética do país fosse melhor protegida. 

Metro de Kyiv
A escala e a frequência dos ataques russos constituem um incentivo para a criação de uma rede de defesa aérea multicamadas em torno de todas as grandes cidades ucranianas, principalmente onde estão localizadas instalações de infra-estruturas críticas e energéticas. 

O isolamento internacional da Rússia deve expandir-se. Os ataques com mísseis contra a infraestrutura energética ucraniana são o melhor argumento a favor do reconhecimento da rússia como um Estado terrorista. Reconhecer a rússia como um Estado terrorista ao nível dos parlamentos dos parceiros ocidentais da Ucrânia seria uma decisão necessária em resposta aos crimes brutais de Putin na Ucrânia.

Mercenários africanos: entre exaltação passageira e a morte dolorosa

Jovens africanos exaltados, brandindo AK, estão muito felizes por participarem na guerra contra Ucrânia. Nos mesmos instantes um outro mercenário africano termina a sua viagem, de forma dolorosa, na lama de Donbas. 

Os mercenários falam a língua africana twi, falada por quatro milhões de ganenses. Na verdade, trata-se de um anúncio de uma empresa que aparentemente está envolvida no recrutamento ilegal de mercenários para o regime russo de Putin. 

«Entre em contato com a agência de viagens (...), confie nela e ela o levará para a rússia. Isso não é mentira. Somos ganenses e eles nos trouxeram para cá. Aqui estão as nossas máquinas», gritam os mercenários felizes. 

O caso já está sendo tratado pela embaixada da Ucrânia no Gana. 

O mercenário africano, algures do «Sul Global», termina a sua viagem na lama de Donbas. Deveria servir de exemplo às canalhas de Gana, que dançam com metralhadoras e se alegram por agora estarem no exército russo.


A guerra que inevitavelmente passou ao território do agressor russo

De 12 a 13 de março, diversos alvos em 9 regiões da Rússia foram atacados por drones. Entre as empresas visadas estão refinarias nas regiões de Orel, Nizhny Novgorod e Ryazan. 

▪ A rússia foi a primeira a lançar uma guerra de drones e mísseis contra Ucrânia. Quase todas as semanas, civis sofrem com o terror russo. A recente tragédia ocorreu em Odessa e Kyiv.

Ataque russo contra Kyiv em 21 de Março de 2024
▪ Ucrânia tem o direito legal não só de se defender, mas também de contra-atacar o território inimigo. Os estrategistas russos estavam errados, acreditando que era possível aterrorizar os ucranianos e ficar impunes.

▪ O vasto território da rússia é muito mais difícil de cobrir com sistemas de defesa aérea e os ataques recentes mostraram que os russos não estão à altura desta tarefa. O raio de engajamento alvo está crescendo constantemente.

▪ Ucrânia não ataca a população civil da rússia e não utiliza armas ocidentais para operações em território inimigo.

▪ Os ataques às refinarias russas estão a prejudicar o comércio russo de produtos petrolíferos, que é a fonte de dinheiro do Kremlin para a guerra contra Ucrânia.

sábado, março 16, 2024

Uso de mercenários estrangeiros na guerra neocolonial russa contra Ucrânia

A federação russa continua a prática de recrutar os mercenários estrangeiros para lutar contra Ucrânia. Mostramos alguns deles que tiveram a sorte de sobreviverem e serem capturados pelas FAU. Se pode conferir as suas histórias aqui:

 

  1. Susan Subedi (Nepal)
  2. Bikash Rai (Nepal)
  3. Pratik Pun (Nepal)
  4. Bibek Khatri (Nepal)
  5. Sidharta Ohakai (Nepal)
  6. Frank Dario Harosey (Cuba)
  7. Richard Kanu (Serra Leoa)
  8. Adil Abdullaki (Somália) 

Estas pessoas não são “voluntários”, como diz o Ministério da Defesa russo. Todos eles são representantes dos países mais pobres do mundo, enganados ou comprados pela rússia, que percorreu milhares de quilómetros em busca de uma vida melhor. Alguns deles chegaram à federação russa como turistas e acabaram na trincheira contra a sua própria vontade. 

Para a rússia, nada mais são do que bucha de canhão. As suas histórias são dolorosamente semelhantes: prometeram dar-lhes trabalho e “montanhas de ouro”, mas na verdade vestiram-nos com a farda camuflada e enviaram-nos para a linha da frente sem nenhuma preparação. Agora que foram capturados, é lógico que ninguém na federação russa irá aceitá-los de volta. 

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Se o lado russo não se preocupa profundamente com os seus cidadãos, que eles voluntariamente desperdiçam em dezenas de milhares e não tiram do cativeiro durante anos, deveríamos esperar uma atitude diferente em relação a qualquer africano ou nepalês? 

Aparentemente, a federação russa está a enfrentar problemas com a mobilização de recursos se tiver de procurar os pobres não só dentro do Estado, mas em todo o mundo. Tendo destruído a maior parte do exército regular, depois os “Wagneleiros” e os prisioneiros de “Storm-Z”, a rússia começou a lançar mercenários na fornalha desta guerra sem sentido. 

Atenção: aqui não estão todos os estrangeiros que os ocupantes russos atiraram ao massacre. Nem todos os mercenários tiveram a sorte de sobreviver e acabar no cativeiro ucraniano. 

Esta prática de utilizar mercenários de países do terceiro mundo refuta as histórias de propaganda sobre a “guerra santa de libertação” e prova mais uma vez que a rússia iniciou esta guerra por motivos puramente imperiais - para tomar mais território de um estado vizinho. Para atingir este objectivo, o Kremlin não se importa com os recursos e métodos que utiliza.